De FHC sobre Lula: “Ele continua ficha suja; é hora do centro progressista”
A proposta de Fernando Henrique Cardoso é insistir numa grande aliança pelo centro. Ou seja, uma opção contra o conservadorismo de Bolsonaro, contra o ultraliberalismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e contra o esquerdismo do PT. “Mais do que nunca se torna necessário uma aliança em torno de alguém que represente o que chamo de um centro liberal, democrático e progressista. Que respeite as forças do mercado, mas entenda que as pessoas existem. Que tenha lado e não acredite que a pobreza e a miséria desaparecem quando o mercado vai para as alturas” disse FHC hoje.
Nessa perspectiva eu também vejo que o Sociólogo e Ex Presidente Fernando Henrique Cardoso defende uma tese que vale a pena refletir , pois o país passa por uma grave crise que pode radicalizar ainda mais após a saída de Lula da Cadeia que pode percorrer o País fazendo caravanas e mobilização para tentar unificar o projeto da esquerda que saiu das urnas esfacelado em função da postura intransigente do PT e do então presidiário Luis Inácio Lula da Silva que insistiu na divisão da esquerda e preferiu apoiar a candidatura do Haddad a presidência da República , e não apoiar por exemplo a candidatura do Ex Ministro Ciro Gomes do PDT .
Vale lembrar que o ex presidente continua inelegível sem ainda poder disputar qualquer eleição, menos a de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, pois o mesmo continua condenado, só uma anulação do seu processo do Triplex no Guarujá poderia mudar essa situação, todavia tem outros processos que tramitam na Justiça contra o ex presidente como por exemplo o do Sítio de Atibaia que deverá ser julgado no próximo dia 27 de Novembro pelo TRF 4 com sede em Porto Alegre.
Nesse contexto é necessário sim que as forças progressistas e os democratas desse país comecem imediatamente a pensar nesse país e como sair dessa polarização que um dos mais importantes Historiadores do Brasil diz , Boris Fausto fala em sua entrevista ao Jornal o Globo de hoje “Não temos um Mandela nesse País, é preciso lucidez . É preciso superar essa polarização que ele vê inevitável” . Essa polarização parece inevitável mas pode também com isso surgir no país outras forças políticas que sejam capaz de produzir um discurso mais ao centro, com mais diálogo e unificação do povo brasileiro, precisamos sair desse debate neofascista do Bolsonaro e o discurso que o Lula sempre produziu que é do enfrentamento, e a defesa dos regimes políticos como na Venezuela e na Bolívia. Esse setor da esquerda brasileira representando pelo PT foi responsável justamente por esse quadro de instabilidade que o país vive, os erros que cometeram, corrupção endêmica no governo, aparelhamento do Estado, a apatia e a revolta do eleitor levaram o Presidente Jair Bolsonaro ao poder , mas é óbvio que teve também o episódio da facada em Juiz de fora que contribuiu bastante para sua vitória.
É preciso disposição para conversar, para se debruçar sobre a grave crise que o país vive , temos 13 milhões de desempregados e as perspectivas não são nada alvissareiras , pelo contrário. É fundamental agora esquecer as diferenças e buscar uma alternativa a esses dois projetos que certamente irão se polarizar pois um depende do outro pra sobreviver e a radicalização de ambos vai ser prejudicial ao país. Portanto reafirmo é hora de construir um projeto de nação, uma saída fora dessa polarização, que já vivemos em outros períodos da história do País , mas a última que tivemos no Brasil nos levou a uma período longo que jamais nós democratas queremos que volte, que foi a Ditadura Militar em 1964.