Um quarto dos desempregados do Brasil, ou 26,2%, o equivalente a 3,347 milhões de pessoas, estão em busca de emprego há pelo menos dois anos, divulgou nesta quinta-feira (15) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O registro é o maior para um trimestre desde 2012. Para efeito de comparação, em um ano, 196 mil novas pessoas estão em busca de trabalho há dois anos ou mais. Em 2015, esse total era de 1,435 milhões de pessoas.
A maior parte, 45,6%, dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 14,2%, de um ano a menos de dois anos e 14,0%, há menos de um mês.
Já a taxa de desocupação recuou no Brasil no segundo trimestre de 2019 para 12%, 0,7 pontos percentuais a menos que os primeiros três meses do ano. Com relação ao mesmo trimestre de 2018, a diminuição foi de 0,4 pontos percentuais.
De acordo com o IBGE, 10 estados tiveram recuo no registro, sendo que as maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16%). Os estados com os menores números foram Santa Catarina (6%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
O percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada, chamada taxa composta de subutilização da força de trabalho, foi de 24,8%, anunciou o IBGE.
Já os desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, do segundo trimestre ficaram em 4,9 milhões de pessoas, enquanto o percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho foi de 4,4%, mantendo um recorde da série histórica. (Com informações da Folha de São Paulo)