“Esse ano tem eleição, temos que nos posicionar”. Num culto lotado em Brasília, a voz da pastora Raquel Prado ecoa forte. “Você tem o poder de influência. Influencie na sua casa, na sua empresa, por onde você passa. Repita comigo: decisão!”.

Todos na plateia repetem. O culto se estende por três horas e uma banda com baterista, guitarrista e cantores jovens acompanha a pregação – ora a música é lenta para dar o tom de reflexão, ora é agitada e os fiéis pulam enquanto cantam músicas de louvor.

Em vários momentos da pregação, a mensagem sobre a necessidade de a igreja se posicionar e se fazer ouvir é reforçada. “A igreja não nasceu para ser enfeite do mundo. Repita comigo: Eu me recuso a ser enfeite!”.

A mulher no palco, que claramente conseguiu captar a atenção da plateia, tem 41 anos e é pastora desde os 17 anos. De origem humilde, hoje ela roda o Brasil pregando e defendendo que a igreja se posicione e influencie, inclusive na política e nas eleições.

“Os cristãos estavam mudos, mas agora a igreja se levantou. Estamos colocando a cara e nos posicionando”, disse Raquel Prado, em entrevista à BBC News Brasil da sua casa em Taquara, no Rio de Janeiro.

Por BBC News

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